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O Conteúdo na Internet: caminhos abertos à sedução |
Por Rodolfo Dantas - Webwriting 20/01/2006 |
Na segunda metade do Século XX, o avanço das telecomunicações e da informática lançou a sociedade pós-industrial num mundo congestionado pelo excesso de informação e conturbado pela escassez de tempo das pessoas. Desde então, inúmeros debates vêm discutindo a forma como o ser humano está interagindo com essa nova era que deu origem à Sociedade da Informação.
"Essa nova sociedade tem como característica básica a produção, a distribuição, a comercialização
e a
manipulação de um produto único: a informação; portanto, o domínio da informação traz em
si uma nova estrutura de poder e
de circular por um novo espaço necessariamente sem fronteiras
e até mesmo sem limites, afinal a informação é e será dentro
desse contexto uma moeda forte."
(GALINDO, 2003:59)
A informação, matéria prima desse momento histórico, compreende qualquer conteúdo que possa ser armazenado ou transferido de algum modo, servindo a determinado propósito e sendo de utilidade ao ser humano. Trata-se de tudo aquilo que permite a aquisição de conhecimento. O crescimento desordenado e veloz da produção e da propagação da informação influencia diretamente na atuação dos indivíduos perante a nova sociedade. O domínio da informação é cada vez mais uma questão de sobrevivência ao homem moderno, que dela depende para acompanhar as mudanças e manter-se no mercado de trabalho.
"A revolução dos meios de comunicação trouxe consigo um enorme contingente de
desempregados, uma vez que estes não
conseguem acompanhar a rapidez e os avanços
que limitam toda a educação formal. Portanto, milhões de desempregados por todo o
mundo
não conseguirão espaço nessa nova sociedade. Por outro lado, milhares de novas
funções e empregos são criados e oferecidos a um novo
trabalhador".”
(GALINDO, 2003:71)
Segundo Rogers,
"Os trabalhadores da informação são indivíduos cuja principal ocupação está na produção, processamento e distribuição da informação e
na produção da informação tecnológica.
Os típicos trabalhadores da informação são: professores, cientistas, jornalistas, programadores
de computação, consultores, secretárias, gerentes e demais pessoas envolvidas com atividades
não relacionadas diretamente com objetos
físicos".
(Rogers, 1986, p.45).
A Internet surge como o fator determinante desta nova Era, por sua capacidade de proporcionar acesso imediato à informação. Além de abrir um vasto campo de trabalho para os trabalhadores da informação, a Web é hoje parte do cotidiano de milhões de pessoas em todo o mundo, que utilizam a grande rede para comunicação, negócios, relacionamentos, informação, comércio, divulgação de produtos, etc.
"A Internet veio para acelerar as relações do ser humano com o mundo e com os outros seres humanos. Na rede, o acesso
a notícias e a diferentes pontos de vista é mais viável do que em qualquer outra mídia. E o indivíduo não precisa mais esperar para
ir ao supermercado, ao
banco ou a uma loja de discos, pois pode fazer todas as suas compras e negócios on line.
Internet é sinônimo
de velocidade."
(Moura, 2002:9)
Abaixo, os números da internet no mundo e no Brasil mostram o crescimento do meio:
INTERNET NO MUNDO
A Computer Industry Almanac (CIA), empresa que analisa a performance da internet em 57 países nas seis principais regiões do mundo, prevê que a rede terá mais de 1,2 bilhão de usuários até o final de 2005, o que representará um aumento de 40% em relação a 2004. Atualmente, os Estados Unidos lideram o ranking da CIA, com 185 milhões de internautas. Em segundo e terceiro lugares estão China e Japão, com 100 milhões e 78 milhões de internautas, respectivamente. O Brasil ocupa a décima posição, com 22,320 milhões de usuários. Segundo Egil Juliussen, diretor de pesquisas da CIA, o crescimento da internet se deve em grande parte à participação maciça de países populosos como Rússia, China, Índia, Indonésia e Brasil. Ele diz ainda que esses países têm contribuído para o fortalecimento de redes sem fio e para o contínuo aumento do uso de portáteis, em especial de celulares.
Fonte: Agência Estado (05/01/2005)
O BRASILEIRO NA INTERNET
• Em Novembro de 2004, os resultados de uma pesquisa realizada pelo Ibope/NetRatings, verificou que s ó no Brasil, cerca de 11,6 milhões de internautas domiciliares navegam, em média, 14 horas e 16 minutos on-line por mês. O resultado também mostrou o aumento da alta adesão da banda larga. Em janeiro de 2004, os internautas com internet rápida representavam 36,6% do total. Em setembro, esse índice passou para 44,1%. Os usuários em banda larga navegam em média 20 horas mensais, contra 8 horas dos usuários de linha discada, e são responsáveis por mais de 70% do total de páginas vistas da internet brasileira.
Fonte: Folha de São Paulo (18/11/2004)
• 51,4% dos internautas brasileiros que usam a web em suas casas fizeram algum tipo de compra on-line em dezembro. De acordo com o Ibope//NetRatings, que divulgou o dado, essa porcentagem representa 5,6 milhões de usuários.
Fonte: Folha de São Paulo (18/01/2005)
• Em outubro de 2004, 32,2 milhões de brasileiros com mais de 16 anos tinham acesso à web, segundo dados do IBOPE//NetRatings . Um ano antes, esse número era 22,9 milhões.
Fonte: Folha de São Paulo (18/12/2004)
Diante deste cenário, empresas de pequeno, médio e grande porte estão se atentando à necessidade de estabelecer com seus clientes, uma comunicação via internet com objetivos mercadológicos.
"O visitante espera ser seduzido ao conhecer o site, assim como o consumidor em um shopping center deseja ser atraído por uma boa vitrine".
(RODRIGUES, 2000:25)
O termo "sedução" vem do latino seducere. Sed significa separar, afastar, privar e ducere, levar, guiar, atrair. Seduzir, portanto, seria o processo pelo qual se atrai uma pessoa, oferecendo a ela algo que consciente ou inconscientemente satisfaça uma necessidade existente ou desejo adquirido e a prive de sua autonomia. Em outras palavras, o que faz alguém ficar cativado é algo além do plano consciente, é a idéia que o sedutor passa de que tem aquilo que falta ao interlocutor. Segundo Carrascoza, a arte da sedução está intimamente ligada à persuasão. Isso por que a persuasão "busca atingir a vontade e o sentimento do interlocutor por meio de argumentos plausíveis ou verossímeis, visando obter sua adesão"
(Carrascoza, 1999:18).
Para Moura,
"Muitos produtos lançados na web, ou mesmo aqueles que são frutos de outras fontes que tentam se adaptar à Internet (como a TV e o jornais), podem estar passando por dificuldades por não conseguirem envolver o usuário, seduzi-lo com as famosas sitick aplications (aplicações de valor utilitário, como e-mails gratuitos, promoções e downloads) ou simplesmente por não agregarem valor útil ou de prazer à vida de quem navega"
(Moura, 2002:16)
Se, atualmente, na rede existem milhares de usuários dispostos a serem seduzidos por determinados serviços ou produtos, é importante que a comunicação realizada on-line seja constituída por profissionais. Segundo Fernando Villela, diretor de conteúdo do SelIG, subsidiária de internet móvel do Grupo IG.
"Quando nasce uma nova mídia, em um primeiro momento o conteúdo nela veiculado é diretamente reaproveitado de outro meio já existente. Com o amadurecimento dessa nova mídia, o conteúdo produzido sob demanda torna-se uma estratégica vantagem competitiva. Tal conteúdo, perfeitamente adequado ao formato do novo meio, passa a explorar melhor suas características, se integra com mais intimidade ao seu comportamento, tirando, dessa maneira, o máximo de proveito das suas potencialidades."
(Citado por RODRIGUES, 2000)
Uma característica importante do consumidor de informação pela internet que deve ser considerada é fato de, na maioria das vezes, ele estar disposto a pagar pela informação.
"O consumo destes meios significa um investimento por parte do receptor que está pagando (...) o apregoado poder da mídia, que a todos inoculava seu pernicioso e apocalíptico conteúdo, sempre permeado por uma ideologia questionável, passa agora a ser direcionado e consumido por um receptor que não apenas escolhe quando e de que forma se expor, como também paga por isso."
(GALINDO, 2003:77)
Segundo Nielsen, na internet o usuário, que possui total domínio das ações, fatalmente se manterá numa página se não for recebido por uma comunicação empática que vá direto às suas necessidades.
"A Web é o ambiente no qual o poder do cliente se manifesta no mais alto grau. Quem clica no mouse decide tudo. É tão fácil ir a outro lugar; todos os concorrentes do mundo estão a um simples clique do mouse."
(Nielsen, 2000:9)
"Basicamente, os usuários visitam seu website pelo conteúdo. O resto é apenas pano de fundo. O design existe para permitir que as pessoas acessem o conteúdo. É análogo à pessoa que vai ver uma peça de teatro: na saída, você quer que se discuta a excelência da peça e não do figurino."
(Nielsen, 2000-99)
Por isso, se a sua empresa tem interesse em estabelecer uma comunicação de resultados com o seu público-alvo, atente-se para o fato de que, embora o seu negócio tenha algo a dizer para o mercado, a internet possui uma linguagem peculiar. E sendo assim, nada mais indicado do que os serviços daqueles que dominam tal linguagem: os profissionais da Era da Informação.
Rodolfo Dantas - Webwriter da Negócios de Valor
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